Introdução
No princípio a obtençãode escravo pelos Portugueses
nos Reinos do Congo e do Ndongo processavasse através de trocas, depois
passou-se a obter escravos apartir da captura e de tributos aos chefes
subjulgados durante as gurerras o Congo e Ndfongo Foram distruido e o comércio
português de escravos foi alimentado por acordos de paz e agressões sucessivas.
Os portuguese fundaram então a Capitânia de Luanda e a Captura de escravo
passou a ser maior e já fora do controlo do rei do Congo.
Avanço do
trafico de escravos
No fim do século XVI o número de escravos exportados
apartir de Mpinda e Luanda crescia e em 1575 encontravam-se 7 barcos na praia
de Luanda para o transporte de escravo.
Com alguns sobados derrotados os escravos forma
exportados para o Brasil e para as Colonias Espanholas na América.
No XVII e XVIII o trafico alargou-se e atingiu
outras regiões. Com apoio de Luanda, as feiras e os presidios no interior
serviam de locais para se obter produtos e escravos por pombeiros e enviados as
ordens de amadores e comerciante das cidades.
Os produtos mais procurados pelos Europeus eram os
escravos e marfins; em troca os africanos procuravam tecidos, armas de fogo e
polvora.
Os portugueses proibiam a venda de fogo aos
africanos, por isso os estados visinhos da colonia procuravam abastecer-se de
outros comerciantes Europeus concorrentes dos Portugueses, Franceses,
Holandeses e Ingleses.
Mais tarde, autorizaram aos pombeiros a venda de
armas a venda de armas e polvoras, aos mesmo tempo que proibiam os concorrentes
relegados.
Da baia de Luanda como porto principal, saiam návios
com mercadorias de resgate e produtos de consumo para os Portugueses, tais como
a farinha, conservas, queijos, vinho, aceite, calçados, etc, e ainda oferta
para os sobas e para os reis africanos (fazendas, louças e esmaltes da India,
vinhos, aguardente, facas e quinquilharia da Europa).
Do Brasil vinha o açucar, tabaco, aguardente da
cana-de-açucar, arroz, madeira e a farinha de mandioca.
Entretanto com a fundação da capitânia em 1617,
Benguela tornou-se o segundo porto exportador de escravos, marfim, cera, azeite
de palma e de ginguba, gado e mantimentos da região.
Os portugueses nas suas incursões para o interior
construiram o forte de hanha em 1680 e os traficantes extinguiram as regiões
Ovimbundu. Com o aumento comercial no século XVIII, o governador da colonia
nomeou um juiz para regular a acção dos comerciantes nesta região.
O tráfico de
escravos
Durante os primeiros quatro séculos - do século 15 a
metade do 19 - de contato dos navegantes europeus com o Continente Negro, a
África foi vista apenas como uma grande reserva de mão-de-obra escrava, a
“madeira de ébano” a ser extraída e exportada pelos comerciantes. Traficantes
de quase todas as nacionalidades montaram feitorias nas costas da África. As
simples incursões piratas que visavam inicialmente atacar de surpresa do
litoral e apresar o maior número possível de gente, foi dando lugar a um processo
mais elaborado.
Os mercadores europeus, com o crescer da procura por
mão-de-obra escrava, motivada pela instalação de colônias agrícolas na América,
associaram-se militarmente e financeiramente com sobas e régulos africanos, que
viviam nas costas marítimas, dando-lhes armas, pólvora e cavalos para que
afirmassem sua autoridade numa extensão a maior possível. Os prisioneiros das
guerras tribais eram encarcerados em “barracões”, em armazéns costeiros, onde
ficavam a espera da chegada dos navios tumbeiros ou negreiros que os levariam
como carga humana pelas rotas transatlânticas.
Os principais pontos de abastecimento de escravos,
pelos menos entre os séculos 17 e 18 eram o Senegal, Gâmbia a Costa do Ouro e a
Costa dos Escravos. O delta do Níger, o Congo e Angola serão grandes
exportadores nos séculos 18 e 19. Quantos escravos foram afinal transportados
pelo Atlântico? Há muita divergência entre os historiadores, alguns chegaram a
projetar 50 milhões, mas R. Curtin (in The Atlantic slave trade: A census,
1969) estima entre 9 a 10 milhões, a metade deles da África Ocidental, sendo
que o apogeu do tráfico ocorreu entre 1750 a 1820, quando os traficantes
carregaram em média uns 60 mil por ano. O tráfico foi o principal responsável
pelo vazio demográfico que acometeu a África no século 19.
O comércio
triangular
Desta forma inseriram a África Negra no comércio
triangular basicamente como fornecedora de mão-de-obra escrava para as colônias
americanas e antilhanas. O destino dos barcos negreiros eram os portos da
Jamaica, Baamas, Haiti, Saint- Eustatius, Saba, Saint-Martin, Barbuda e
Antigua, Guadalupe, Granada, Trinidad & Tobago, Bonaire, Curaçao e Aruba.
Das Antilhas partiam outras levas em direção às Carolinas e à Virgínia nos
Estados Unidos. Outras dirigiam-se ao Norte e Nordeste do Brasil, à Bahia e ao
Rio de Janeiro. Os escravos eram empregados como “carvão humano” nas grandes
plantações de açúcar e tabaco que se espalhavam do Leste brasileiro até as
colônias do Sul dos Estados Unidos: do Rio de Janeiro até a Virgínia.
Enquanto a Europa importava produtos coloniais,
trocava suas manufaturas (armas, pólvora, tecidos, ferros e rum) por
mão-de-obra vinda da África. Os escravos eram a moeda com que os europeus
pagavam os produtos vindos da América e das Antilhas para não precisar
despender os metais preciosos, fundamento de toda a política mercantilista.
Tinham pois, sob ponto de vista economico uma dupla função: eram valor de troca
(dinheiro) e valor de uso (força de trabalho).
A reação dos
africanos
A conquista da África foi entremeada de tenaz
resistência nativa. A mais célebre delas foram as Guerras Zulus, travadas no
século 19 pelo rei Chaka (que reinou de 1818 a 1828) na África do Sul, contra
os ingleses e os colonos brancos boers. Entrementes, os colonizadores começaram
a combater as endemias e doenças tropicais que dificultavam a vida dos europeus
através do saneamento e da difusão da higiene. A África era temida pelas
doenças tropicais: a febre amarela, a malária e a doença do sono, bem como da
lepra. O continente, igualmente, ocupado por missões religiosas, tanto
católicas como protestantes. Junto com o funcionário colonial, o aventureiro, o
fazendeiro, e o garimpeiro branco, afirmou-se lá, em caráter permanente, o
padre ou o pastor pregando o evangelho.
Essa ocupação escancarada provocava amargura entre
os africanos que se sentiam inferiorizados e impotentes perante a capacidade
administrativa, militar e tecnológica, do colonialista europeu. Já na metade do
século 19, o afro-americano Edward W. Blyden, que emigrara para a Libéria em
1850, descontente com a perda da auto-estima dos negros, proclamava a
existência de uma “personalidade africana” com méritos e valores próprios,
contraposta a dos brancos. E, imitando James Monroe, lançou o slogan “África
para os africanos!”.
Em 1919 reuniu-se em Paris, o 1º Congresso
Pan-africano, organizado pelo intelectual afro-americano W.E.B. Du Bois.
Reivindicou ele um Código Internacional que garantisse, na África tropical, o
direito dos nativos, bem como um plano gradual que conduzisse à emancipação
final das colônias. Conquanto que, para os negros americanos, era solicitado a
aplicação dos direitos civis (que só foram finalmente aprovados pelo congresso
dos E.U.A. em 1964!).
O último congresso Pan-africano, o 5º, reuniu-se em
Manchester, na Inglaterra, em 15-18 de outubro de 1945, tendo a presença de Du
Bois, Kwane Nkurmah, futuro emancipador da Ghana, e Jomo Kenyatta, o líder da
Quênia. Trataram de aclamar a necessidade da formação de movimentos
nacionalistas de massas para obterem a independência da África o mais rápido
possível.
A
partilha da África
A partir do momento que o continente africano não
podia mais fornecer escravos, o interesse das potências colônias inclinou-se
para a sua ocupação territorial. E isso deu-se por dois motivos, O primeiro
deles é que ambicionavam explorar as riquezas africanas, minerais e agrícolas,
existentes no hinterland, até então só parcialmente conhecidas. O segundo
deveu-se à competição imperialista cada vez maior entre elas, especialmente
após a celebração da unificação da Alemanha, ocorrida em 1871. Por vezes
chegou-se a ocupar extensas regiões desérticas, como a França o fez no Saara
(chamando-a de França equatorial), apenas para não deixa-las para o adversário.
Antes da África ser dominada por funcionários
metropolitanos, a região toda havia sido dividida entre várias companhias
privadas que tinham concessões de exploração. Assim a Guiné estava entregue a
uma companhia escravista francesa. O Congo, por sua vez, era privativo da
Companhia para o Comércio e Industria, fundada em 1889, que dividia-o com a
companhia Anversoise, de 1892 .O Alto Níger era controlado pela Companhia Real
do Níger, dos britânicos. A África Oriental estava dividida entre uma companhia
alemã, dirigida por Karl Peters, e uma inglesa, comandada pelo escocês
W.Mackinnon. Cecil Rhodes era o chefe da companhia sul-africana que explorou a
atual Zâmbia e Zimbawe, enquanto o rei Leopoldo II da Bélgica autorizava a
companhia de Katanga a explorar o cobre do Congo belga.
A
fundação do estado de cassange: O conflito e aliança
Cassange foi fundado por voltade 1620 por emigrantes
Balunda e pelos Imbangala. Depois de contactar com os portugueses em Luanda,
sobrevieram conflitos armados e com alguns grupos imbangala retiram-se para
longe do campo de acção dos ocupantes. Contudo estabeleceram-se relações
comerciais a distância com Luanda, quando se instalaram junto do rio kwanza.
Nos séculos XVII e XVIII o estado de Cassange tornou-se o principal
intermediário do trafico.
As trocas eram irregulares. Os pombeiros de Ambaca
efeituavam o percurso entre o litoral, a matamba e Cassange. Aqui viam ter os
escravos e as mercadorias de origem Europeia. Cassange, por outro lado, mantiam
contacto estreito com Luanda, cujo Muatua enviavam aqui as suas caravanas,
embora empedidos de contactar direitamente com os pombeiros da colonia.
A capital de Cassange, como descrita por um viajante
do século XVII, era uma grande cidade com enormes armazéns de tecidos e vinhos
para serem trocados por sal vindo tdp litoral. A presença dos Holandeses em
Luanda tinha permitido a Cassange fornecer os escravos em grandes quantidades e
obterem produtos Europeus em troca.
Quando Luanda escapou ao dominio Português, esse
comércio continuou com a troca de vinho, tecido armas e sal, agora fornecidos
pelos Holandeses.
O contacto direito com Luanda continuou no entanto,
a serem impedido aos pombeiros da colonia, uma vez que Cassange queria manter o
seu papel intermediário e fornecedor exclusivo.
As relações entre os estados da matamba e de
Cassange foram variáveis na aliança contra os Portugueses, hora de conflito
entre si, o que conduziu em 168 ao assalto a capital de Cassange e a destruição
de norme quantidade de mercadorias.
Apesar de todos os esforços dos Portugueses, pode
dizer-se que até ao fim do século XVIII, o controlo do tráfico de escravos
estava nas mãos do estado do Kuangu, e foram por tanto, do seu raio de
intervenção.
A Revolta da
Baixa do Cassange
Este acontecimento ocorreu no dia 4 ou 6 de Janeiro
de 1961 (a data não é precisa), e caracterizou-se pela sublevação dos
trabalhadores da cultura do algodão.
A independência do ex-Congo Belga em 30 de Junho de
1960, reavivou o sentimento nacionalista dos angolanos, e como na região viviam os bakongos, tribo
que tinha raízes comuns no norte de Angola e no Congo, havia uma forte
influência daquele país recém-independente, que incentivava os angolanos a
revoltarem-se contra o poder colonial, porque se agora o Congo era
independente, Angola teria também de o ser.
A baixa do Cassange é uma enorme depressão
geográfica que vai da região de Malange às Lundas e a maioria dos trabalhadores
era obrigada a cultivar algodão para vender à companhia luso-belga Cotonang.
Nesse dia de Janeiro, decidiram fazer greve, armar-se de catanas e canhangulos
e desafiar o poder colonial. O exército foi chamado para reprimir a sublevação
e o resultado foi a morte de milhares de
pessoas.
Este episódio foi o rastilho para a guerra que se
seguiria, porque no dia 4 de Fevereiro de 1961 foram assaltadas em Luanda, a
Prisão de S.Paulo, a Casa de Reclusão Militar e uma Esquadra da Polícia Móvel.
No dia 15 de Março desse ano, começou a luta armada em Angola que duraria 13
longos anos.
Conclusão
Em suma, as trajetórias
dos governadores portugueses
é possível identificar
o processo de construção de alianças e dos conflitos travados entre
funcionários portugueses e membros da elite política ambundu, ressaltando a
relevância da participação dos sobas na condução da política mercantil da
Coroa, e da própria trajetória das instituições de poder responsáveis pelo
governo do Ndongo. Analisando os autos de vassalagem podemos mapear a
trajetória da interiorização dos portugueses nos sertões, e o desenho das rotas
comerciais responsáveis pelo fornecimento de escravos para o mercado atlântico.
Referências Bibliografigicas
http://educaterra.terra.com.br/voltaire/mundo/africa2.htm
Livro de História da 10ª Classe Pag.92/93
www.trabalhosfeitos.com/topicos/o-avanço-do-tráfico-de-escravo.../0
reporterbrasil.org.br/.../eua-veem-avancos-do-combate-ao-trafico-de-pes
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