Dedicatoria
Em primeiramente dedicamos este trabalho, a nós,
nossas famílias de casa, especialmente ao professor de História, a todos os nossos
professores e colegas, a todos os que têm acompanhado e contribuido direita ou
indireitamente para nossa formação.
Dedicamos
este trabalho a todos vocês, Obrigado.
Sumário
Introdução ---------------------------------------------------------------------------
5
Trabalho forçado
------------------------------------------------------------------- 6
Trabalho forçado, diferentes formas que ele assume e
suas causas ------ 6/7
Trabalho Forçado - Os nazistas
----------------------------------------------- 7/8
Imposto
-------------------------------------------------------------------------- 9/10
Expropriação da terra ------------------------------------------------------------
10
Expropriação do Povo do Campo da Terra
------------------------------- 11/13
Outras considerações ------------------------------------------------------------
13
Conclusão
------------------------------------------------------------------------- 14
Referências Bibliograficas
------------------------------------------------------ 15
Introdução
O trabalho forçado e as formas contemporâneas de
escravatura e de tráfico humano são objeto de atenção e preocupação
generalizadas. Ao adotar o seu primeiro instrumento sobre o trabalho forçado, a
Convenção (N.º 29) sobre o Trabalho Forçado, em 1930, a Conferência
Internacional do Trabalho (CIT) exortou os Estados-membros a suprimir a
utilização do trabalho forçado no mais curto espaço de tempo possível e a tipificá-lo
como delito. Porém, passados mais de 80 anos e apesar da ratificação quase
universal da Convenção, a prática continua a existir, embora sob formas
diferentes das que suscitaram essa preocupação no início do século vinte.
A liberalização do comércio e o aumento da
concorrência à escala global, que constituem desafios à governação dos mercados
de trabalho nacionais e à migração internacional do trabalho, assim como a de
discriminação e exclusão social persistentes, fazem parte dos muitos fatores que
estão subjacentes às formas contemporâneas do trabalho forçado. Muitos países
adotaram leis e outras medidas de combate ao trabalho forçado e às práticas
relacionadas. Algumas remontam a muitos anos, outras são mais recentes. Mas a
persistência destas violações a uma escala alarmante constitui prova
irrefutável da existência, a nível global, de lacunas significativas em termos
de implementação destas medidas.
Trabalho forçado
O trabalho forçado é definido de forma abrangente
pela Convenção N.º 29 como todo o trabalho ou serviço exigido a um indivíduo
sob ameaça de qualquer castigo e para o qual o dito indivíduo não se tenha
oferecido de sua livre vontade.
Embora, na prática, assuma várias formas, o trabalho
forçado apresenta muitas características comuns: os perpetradores aproveitam-se
de pessoas vulneráveis, que estão desorganizadas e incapazes de se defenderem e
protegerem. Os meios de coação aplicados podem ser explícitos, sob a forma de
restrições físicas ou violência, mas frequentemente são mais subtis, envolvendo
burlas e ameaças.
A manipulação de salários, os pagamentos antecipados
e as dívidas resultantes da cobrança ilegal de custos relacionados com o
trabalho, são práticas generalizadas. As relações de emprego pouco claras ou
encobertas, especialmente na economia informal, representam um fator de risco
especial. As lacunas na legislação nacional, na aplicação da lei e na
coordenação entre países facilitam o crime.
O Direito do Trabalho é uma verdadeira conquista
obtida ao longo da história da humanidade, exercendo papel fundamental, ao
garantir condições mínimas de vida aos trabalhadores, assegurando a dignidade
da pessoa humana e evitando abusos que o capital e a busca pelo lucro pudessem
causar aos membros da sociedade, em especial àqueles que não detêm o poder
econômico.
Não podem mais ser admitidas pelo Estado e pela
sociedade afrontas à dignidade da pessoa humana e aos direitos humanos
fundamentais nas relações de trabalho. Logo, as práticas de trabalho análogo à
condição de escravo, trabalho forçado e trabalho degradante devem ser
prontamente combatidas.
Nesse contexto, a PEC 438/01 reforça a necessária
penalização dessa ilicitude, ao passar a prever que as propriedades rurais e
urbanas de qualquer região do País onde for localizada "a exploração de
trabalho escravo serão expropriadas e destinadas à reforma agrária e a
programas de habitação popular, sem qualquer indenização ao proprietário e sem
prejuízo de outras sanções previstas em lei".
Ainda assim, pode-se dizer que o mais adequado seria
a utilização da expressão "trabalho forçado à condição de escravo",
por ser o gênero, tendo como espécies o trabalho forçado e o trabalho
degradante.
Trabalho forçado,
diferentes formas que ele assume e suas causas
O trabalho
forçado pode assumir várias formas. De forma concisa, é a coerção de uma pessoa
para realizar certos tipos de trabalho e a imposição de uma penalidade caso
esse trabalho não seja feito. O trabalho forçado pode estar relacionado com o
tráfico de pessoas, que cresce rapidamente no mundo todo.
Ele pode surgir de práticas abusivas de recrutamento
que levam à escravidão por dívidas; pode envolver a imposição de obrigações
militares a civis; pode estar ligado a práticas tradicionais; pode envolver a punição
por opiniões políticas através do trabalho forçado e, em alguns casos, pode
adquirir as características da escravidão e o tráfico de escravos de tempos
passados.
A seguir, alguns exemplos, começando pela escravidão
por dívida. Um pequeno agricultor do interior é recrutado para trabalhar numa
plantação distante de sua área de origem durante a época da colheita. O
recrutador oferece ao agricultor um adiantamento em dinheiro, sendo que o
agricultor concorda em pagar sua dívida trabalhando na plantação.
Já trabalhando na plantação, o pequeno agricultor
tem que comprar comida e outros bens no armazém da fazenda, todos com preços
inflacionados. Ele ou ela endivida-se cada vez mais, e um círculo vicioso de
escravidão por dívida começa. Nenhum sindicato participa desse processo para
dar assistência aos trabalhadores - eles estão isolados e não têm a quem
recorrer.
Na colheita do próximo ano, o trabalhador talvez
traga sua família, desse modo ele aumenta a rede do trabalho forçado e priva
seus filhos do direito de ir à escola, por exemplo. Um tipo parecido de
escravidão por dívida existe em sociedades rurais tradicionais dominadas por
grandes proprietários de terra. Em outros casos, envolve o comércio de
crianças. Esses tipos de trabalho forçado se alimentam da pobreza e do
desconhecimento que perpetuam a prática.
Outro tipo de trabalho forçado que está se
espalhando é o relacionado ao tráfico de pessoas. Um jovem ou uma jovem podem
ser seduzidos pela oferta de um trabalho legítimo num restaurante, clube noturno
ou casa de família em uma cidade grande distante. Ingenuamente, eles concordam
em viajar clandestinamente para um outro país, freqüentemente pagando caro pela
viagem e tendo o compromisso de pagar sua dívida com o trabalho futuro.
Mas logo depois que chegam, os traficantes tomam
seus passaportes e seu dinheiro e os forçam a trabalhar em empresas de fundo de
quintal ou, pior, no mercado da prostituição. Os casos mais terríveis envolvem
adolescentes e crianças.
Esses exemplos de trabalho forçado estão em parte
relacionados com circunstâncias econômicas. Mas fatores políticos também podem
estar por detrás do trabalho forçado, como ocorreu durante o domínio de Hitler
e de Stálin no século passado e em alguns momentos mais recentes. Tendo por
detrás motivos políticos ou econômicos, o que é certo é que o trabalho forçado
suprime a liberdade do ser humano. Não há lugar para isso no século XXI.
Trabalho Forçado
- Os nazistas
Os nazistas submeteram milhões de pessoas ao
trabalho escravo sob condições brutais. A partir do inverno de 1933, com o
estabelecimento dos primeiros campos de concentração e instalações de detenção,
o trabalho forçado imposto aos prisioneiros-- frequentemente sem qualquer
objetivo além de humilhá-los e sem o fornecimento de equipamentos adequados,
vestimenta, alimentação necessária, ou mesmo períodos de descanso – tornou-se a
parte principal das atividades dos campos de concentração nazistas.
Mesmo antes da eclosão da Guerra, os nazistas já
impingiam trabalhos forçados aos cidadãos alemães de origem judaica, tanto
dentro quanto fora dos campos de concentração. Com o objetivo de aumentar seus
ganhos financeiros e para suprir a falta de mão-de-obra, em 1937 os nazistas
aumentaram a exploração deste tipo de atividade usando aqueles a quem designavam
como "inimigos do estado". No final daquele ano, a maioria dos judeus
do sexo masculino residentes na Alemanha havia sido obrigada a trabalhar de
forma escrava ou semi-escrava para diversos órgãos governamentais.
No outono de 1939 a Alemanha conquistou a Polônia e
lá instaurou seu Generalgouvernement. As autoridades de ocupação alemã
obrigaram todos os homens, poloneses, judeus ou não, a desempenharem trabalho
não-remunerado. Os nazistas exigiram que os judeus poloneses saíssem de onde
estivessem residindo e passassem a morar em guetos, concentrando-os e
obrigando-os a trabalhar, geralmente em trabalhos braçais. A concentração
destes escravos, como no gueto de Lodz por exemplo, fizeram com que empresários
de empresas privadas e públicas alemãs lá implantassem 96 fábricas para
produzir produtos bélicos para a Alemanha. O volume de pessoas obrigadas ao
trabalho forçado aumentou na primavera de 1942, após algumas mudanças na
administração dos campos de concentração.
Depois que os nazistas implementaram a "Solução
Final", isto é, o andamento do plano de genocídio da população judaica que
vivia na Europa, para muitos judeus a possibilidade de trabalhar, ainda que
como escravos, significava a única chance de sobreviver, pois os que eram
considerados incapacitados para o trabalho eram normalmente os primeiros a
serem mortos ou deportados.
Os nazistas também criaram e seguiram uma política
de "aniquilação através do trabalho", ou seja, algumas categorias de
prisioneiros literalmente tinham que trabalhar até a morte, sendo colocados em
condições que os feriam e matavam, ou os tornavam sériamente doentes. No campo
de concentração de Mauthausen, por exemplo, os prisioneiros muito magros eram
forçados a subir rapidamente os 186 degraus da pedreira carregando pedras muito
pesadas.
Após a invasão da União Soviética, em junho de 1941,
os alemães deixaram que milhões de prisioneiros de guerra soviéticos (POW)
morressem através de uma política de negligência deliberada (falta de
alimentos, roupas, abrigo e assistência médica). Porém, na primavera de 1942,
as autoridades alemãs também começaram a mobilizar os POW soviéticos para
trabalhos forçados em diversos setores relacionados à Guerra. De 1942 a 1944,
os alemães deportaram aproximadamente três milhões de cidadãos soviéticos para
a Alemanha, Áustria, Boêmia e Morávia como trabalhadores escravos.
No final da Guerra, milhares de deslocados
não-alemães foram abandonados na Alemanha, entre eles algumas dezenas de
milhares de judeus que embora vítimas das políticas nazistas de deportação,
haviam sobrevivido à "Solução Final".
Imposto
Impostos são valores pagos, realizados em moeda
nacional), por pessoas físicas e jurídicas (empresas). O valor é arrecadado
pelo Estado e servem para custear os gastos públicos com saúde, segurança,
educação, transporte, cultura, pagamentos de salários de funcionários públicos,
etc. O dinheiro arrecadado com impostos também é usado para investimentos em
obras públicas (hospitais, rodovias, hidrelétricas, portos, universidades,
etc).
Os impostos incidem sobre a renda (salários, lucros,
ganhos de capital) e patrimônio (terrenos, casas, carros, etc) das pessoas
físicas e jurídicas.
A utilização do dinheiro proveniente da arrecadação
de impostos não é vinculada a gastos específicos.
O governo, com a aprovação do legislativo, é quem define o destino dos valores,
através do orçamento.
Conceito
Imposto (do latim imposìtu-, particípio passado de
imponère: "impor", "pôr como obrigação") é a imposição de
um encargo financeiro ou outro tributo sobre o contribuinte (pessoa física ou
jurídica) por um estado ou o equivalente funcional de um estado a partir da
ocorrência de um fato gerador, sendo calculado mediante a aplicação de uma
alíquota a uma base de cálculo de forma que o não pagamento do mesmo acarreta
irremediavelmente sanções civis e penais impostas à entidade ou indivíduo não
pagador, sob forma de leis.
O imposto é uma das espécies do gênero tributo.
Diferentemente de outros tributos, como taxas e contribuição de melhoria, é um
tributo não vinculado: é devido pelo contribuinte independentemente de qualquer
contraprestação por parte do Estado. Destina-se a atender às despesas gerais da
administração, pelo que só pode ser exigido pela pessoa jurídica de direito
público interno que tiver competência constitucional para tal.
Escola pública em Pittsburgh, na Pensilvânia. Os
impostos fornecem, ao estado, recursos financeiros que possibilitam sua ação na
sociedade.
Os impostos são, frequentemente, divididos em
diretos e indiretos. Os impostos diretos são destinados taxar diretamente o
contribuinte sendo que o principal exemplo deste é o imposto de renda e
riqueza.
Os impostos indiretos, entretanto, são repassados ao
contribuinte através do markup adicionado ao custo do produto e o reflexo deste
é sentido no preço final dos produtos. Os impostos indiretos são cobrados em
todos os bens adquiridos pelo consumidor.
Em tese, os recursos arrecadados pelos governos são
revertidos para o bem comum, para investimentos e custeio de bens e serviços
públicos, como saúde, segurança e educação. Mas não há vinculação entre
receitas de impostos e determinada finalidade - ao contrário do que ocorre com
as taxas e a contribuição de melhoria, cujas receitas são vinculadas à
prestação de determinado serviço ou realização de determinada obra.
Embora a lei obrigue os governos a destinar parcelas
mínimas da arrecadação a certos seviços públicos- em especial de educação e
saúde-, o pagamento de impostos não confere ao contribuinte qualquer garantia
de contrapartida.
Princípios da
tributação
O processo de tributação estatal foi defendido
inicialmente pelo liberalimo inglês, principalmente por Adam Smith, advogando
que a justiça, simplicidade e neutralidade eram os preceitos da boa tributação.
Estas considerações foram muito importantes no período clássico, quando o
imposto não era considerado uma questão econômica. Atualmente, tais dogmas são
questionados e, inversamente ao que era defendido, a política fiscal é, muitas
vezes, usada para influenciar o comportamento do consumidor ou para influenciar
o mercado em determinado ponto ou setor que a autoridade considere existir uma
avaria.
O imposto de
solidariedade
A teoria do imposto solidário inclui trabalhos
publicados anteriormente por socialistas reformistas. A tese apresenta a
imposição da solidariedade fiscal como um sacrifício necessário para a
manutenção dos laços sociais29 . É baseada na promoção de uma identidade
coletiva, e o imposto utilizado para financiar as despesas comuns, contudo
sendo utilizado também com o fim de redistribuir a riqueza, promovendo uma
sociedade mais coerente e coesa.
Expropriação da
terra
Expropriação é a transferência compulsória da
propriedade particular para o poder Público ou seus delegados, por utilidade ou
necessidade pública, ou ainda, interesse social, mediante prévia e justa
indenização em dinheiro.
Coletivização forçada foi o processo de expropriação
das pequenas e médias propriedades privadas entre 1929-1931 por Josef Stálin na
URSS, especialmente agrícolas, realizadas durante o I Plano Quinquenal e sua
transformação forçada em cooperativas ou unidades produtivas estatais, num
processo brusco e rápido, onde inclusive foi utilizado força militar para
aplacar a resistência desses proprietários.1
A coletivização foi considerada como a solução para
a crise da distribuição de produtos agrícolas (principalmente nas entregas de
grãos) que existia desde 1927.2 Este problema tornou-se mais agudo, devido a
União Soviética prosseguir com o seu ambicioso programa de expansão da
indústria pesada.
Expropriação do
Povo do Campo da Terra
Em Inglaterra a servidão desaparecera de facto na
parte final do século XIV. A maioria imensa da população era composta então, e
ainda mais no século XV, por camponeses livres, que cultivavam as suas próprias
terras, fosse qual fosse o título feudal atrás do qual se escondia a sua
propriedade.
Nas quintas senhoriais maiores, o bailiff (feitor),
anteriormente ele mesmo servo, foi desalojado pelo rendeiro livre. Os operários
assalariados da agricultura eram compostos em parte por camponeses, que
valorizavam o seu tempo de ócio trabalhando para grandes proprietários, em parte
por uma classe autónoma, pouco numerosa em termos relativos e absolutos, de
autênticos operários assalariados.
Mesmo estes últimos eram de facto, e ao mesmo tempo,
camponeses que exploravam terra sua, já que além do seu salário recebiam terra
arável, no montante de 4 e mais acres, juntamente com as cottages. Além disso,
gozavam, com os camponeses autênticos, do usufruto da terra comunal, no qual
pastava o seu gado e que ao mesmo tempo lhes oferecia lenha, madeira, turfa,
etc.
Em todos os países da Europa a produção feudal está
caracterizada pela divisão da terra pelo maior número possível de
subfeudatários. O poder do senhor feudal, como o de todo o soberano, assentava
não no comprimento da sua lista de rendas mas no número dos seus súbditos, e
este dependia do número de camponeses que exploravam terra própria.
Embora o solo inglês depois da conquista normanda
tenha por isso sido dividido em baronias gigantescas, das quais uma única
muitas vezes incluía 900 das velhas senhorias anglo-saxónicas, ele estava
semeado de pequenas explorações camponesas apenas aqui e além interrompidas por
quintas senhoriais maiores. Foram essas relações, com o florescimento
simultâneo das cidades, característico do século XV, que permitiram aquela
riqueza popular que o chanceler Fortescue pintou com tanta eloquência no seu De
laudibus legum Angliae [Dos Méritos das Leis Inglaterra], mas elas excluíam a
riqueza de capital.
Finalmente, porém, uma parte das pastagens de
carneiros foi retransformada em terreno de caça. Sabe-se que, na Inglaterra,
não há propriamente florestas nenhumas. A caça, nos parques dos grandes, é
constitutivamente gado doméstico, gordo como os aldermen de Londres. A Escócia
é, portanto, o último asilo da «nobre paixão».
Nas Highlands, diz Somers em 1848, «novas florestas
estão a surgir como cogumelos. Aqui, de um dos lados de Gaick, temos a nova
floresta de Glenfeshie; e ali, do outro lado, temos a nova floresta de
Ardverikie. Na mesma linha temos o Black Mount, uma imensa terra inculta,
também recentemente levantado. De leste para oeste — dos arredores de Aberdeen
até aos penhascos de Oban — temos agora uma linha contínua de florestas;
enquanto noutras regiões das Highlands há as novas florestas de Loch Archaig,
Glengarry, Glenmoriston, etc.
Foram introduzidos carneiros em vales que tinham
sido o domicílio de comunidades de pequenos rendeiros; e estes últimos foram
levados a procurar a subsistência em solos mais rudes e mais estéreis. Os
veados estão agora a suplantar os carneiros; e estes estão, uma vez mais, a
desalojar os pequenos rendeiros que, necessariamente, serão empurrados para
terra ainda mais rude e para uma penúria mais tormentosa. As florestas de
veados e as pessoas não podem coexistir. Umas ou outras têm de ceder.
Deixem as florestas aumentar em número e extensão
durante o próximo quarto de século como aumentaram no último e os Gaélicos
perecerão no seu solo nativo... Este movimento entre os proprietários das
Highlands é, para alguns, uma questão de ambição... para alguns, amor ao
desporto... enquanto outros, de disposição mais prática, seguem o comércio dos
veados com os olhos postos apenas no lucro. Porque é um facto que uma cadeia de
montanhas arranjada como floresta é, em muitos casos, mais lucrativa para o
proprietário do que quando deixada para pasto de carneiros... O caçador que
quer uma floresta de veados não limita as suas ofertas por nenhum outro cálculo
que não seja a extensão da sua bolsa... Foram infligidos sofrimentos às
Highlands pouco menos severos do que os ocasionados pela política dos reis
normandos. Os veados receberam extensas cordilheiras, enquanto os homens foram
caçados no interior de um círculo mais estreito e cada vez mais estreito... Uma
após outra as liberdades do povo foram despedaçadas... E as opressões estão a
crescer diariamente... A limpeza e dispersão do povo é seguida pelos
proprietários como um princípio estabelecido, como uma necessidade agrícola,
exactamente como as árvores e o mato são limpos das terras incultas da América
ou Austrália; e a operação prossegue de uma maneira silenciosa, à maneira dos
negócios, etc.
O roubo das propriedades da Igreja, a alienação
fraudulenta dos domínios do Estado, o roubo da propriedade comunal, a
transformação, usurpatória e executada com um terrorismo sem cerimónia, da
propriedade feudal e do clã em propriedade privada moderna, foram outros tantos
métodos idílicos da acumulação original. Eles conquistaram o campo para a
agricultura capitalista, anexaram a terra ao capital e criaram para a indústria
citadina o necessário aprovisionamento de proletariado fora-da-lei.
Outras
considerações
Trabalho forçado
ou trabalho compulsório, segundo a
Organização Internacional do Trabalho, é o trabalho ou serviço imposto a uma
pessoa sob SMS ou penalidade - o que inclui sanções penais e perda de direitos
ou privilégios.
Em 2005, a OIT estimava que, em todo o mundo,
existissem, no mínimo, 12,3 milhões de pessoas submetidas a trabalho forçado
ilícito (nos termos das Convenções n°29 2 e n° 1053. Em termos globais, as
empresas privadas auferiram lucros de, pelo menos,USD 44,3 bilhões ao ano,
graças à exploração do trabalho forçado.
Desse total, USD 31.6 bilhões também estariam
ligados ao tráfico de pessoas. Os maiores lucros advindos do trabalho forçado e
ao tráfico de trabalhadores - mais de USD 15 bilhões - são registrados nos
países industrializados. A OIT reconhece que essas cifras podem ser, na
realidade, muito maiores.
Ainda segundo a OIT, mais de 2,45 milhões de
trabalhadores forçados são vítimas do tráfico de pessoas ou seja, o tráfico
alimenta 20% do trabalho forçado no mundo. A maior parte das pessoas traficadas
destina-se à exploração do comércio sexual (43%); 32% à exploração econômica
(incluindo escravidão, servidão, escravidão por dívida e trabalho doméstico
forçado e outros) e 25% a múltiplos tipos de exploração.
A maior parte dessas pessoas se destina à região da
Ásia-Pacífico (1,36 milhões). 12,3 milhões de pessoas estão submetidas a
trabalho forçado, sendo que 9,8 milhões (80%) são exploradas por agentes
privados e 2.5 (20%) milhões pelo Estado ou por milícias rebeldes. Os lucros do
tráfico de trabalho forçado estão estimados em mais de US $ 32 bilhões.
Conclusão
Por fim, registre-se que eventual modificação
restritiva do conceito legal de trabalho forçado, atualmente entendido como
trabalho análogo à condição de escravo, acarretaria manifesto retrocesso social
e legislativo, contrariando os princípios constitucionais da dignidade da
pessoa humana e do valor social do trabalho, bem como estaria em desacordo com
a atual concepção prevista no Direito Internacional.
De todo modo, para fins trabalhistas, o conceito de
trabalho análogo à condição de escravo já está firmado, ao englobar o trabalho
forçado e o trabalho degradante.
Referências Bibliograficas
Convenção n° 29, sobre o Trabalho Forçado (1930). Ver ILO. Forced
Labour: Definition, Indicators and Measurement.~
https://pt.wikipedia.org/wiki/Imposto
https://pt.wikipedia.org/wiki/Trabalho_for%C3%A7ado
SENTO-SÉ, Jairo Lins de Albuquerque. Trabalho
escravo no Brasil. São Paulo: LTr, 2001.
www.dicionarioinformal.com.br/expropriação/
www.linguee.com.br/portugues-ingles/.../expropriação+de+terra.html
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