Fenacult
Fenacult é um festival nacional de
cultura,organizado pelo ministério da cultura de Angola.ela engloba várias
categorias no ramo da cultura nomeadamente a dança,música e artes plásticas,nas
artes plásticas destacam-se categorias como a escultura,pintura e artesanato.
História do
fenacult
Até a atualidade só foram ainda realizadas duas
edições,a primeira aconteceu em 1989,segunda aconteceu recentemente em
2014,depois de 25 anos de agora em diante será realizada de 4 em 4 anos de
acordo com o ministério da cultura.
O fenacult tem como principal objetivo preservar a
cultura angolana de modo a que gerações futuras possam orgulhar-se da cultura
angolana e não substitui-la por outras culturas que não dizem respeito a nação
Entretanto podemos dizer que a primeira geraçâo que assistiu o fenacult possa
existir porquanto o mesmo evento realizou-se no século XX.
FENACULT - 2014
- A Cultura como Factor de Paz e Desenvolvimento
fenacultOs Festivais nacionais de cultura, tal como
o FENACULT, são eventos de afirmação cultural que concorrem para a livre
expressão das diversas formas e manifestações culturais, para o intercâmbio e o
fortalecimento da unidade nacional na diversidade cultural, ao mesmo tempo que
permitem avaliar o estado de desenvolvimento das artes e da cultura.
Instituído através do Decreto Presidencial nº 71/12,
de 30 de Abril, tal como se expressa no referido Decreto , o FENACULT é um
programa nacional de cultura e artes, visando o incentivo à criação artística,
sua divulgação e circulação de obras e bens culturais.
Festival Nacional de Cultura – FENACULT é um evento
que se constitui como um conjunto de actos visando exaltar a cultura nacional,
discutir o seu desenvolvimento e apresentar a excelência da criação angolana e
decorre de 30 de Agosto a 20 de Setembro de 2014.
Fenacult regressa 25 anos depois
Abertura terá um espectáculo de
dança, música e multimédia a cargo da coreógrafa Ana Clara Guerra Marques. Veja
aqui a programação.
Mais de 600 pessoas vão participar
em Luanda na cerimónia de abertura do segundo Festival Nacional de Cultura
(Fenacult), retomado amanhã após 25 anos de interregno.
A cerimónia oficial de abertura está
agendada para as 19h, no estádio 11 de Novembro, em Luanda, com um espectáculo
de dança, música e multimédia a cargo da coreógrafa Ana Clara Guerra Marques.
“Trata-se de um espectáculo criado
sobre uma base audiovisual original com animação 3D mapeada sobre o campo onde
participarão centenas de figurantes, numa coreografia especialmente desenhada
para ser articulada com as projecções vídeo, música original e show de luzes”,
sublinha a organização.
Contará com a participação de 625
intérpretes, entre os quais 202 cantores que constituirão um coral gigante, 82
bailarinos e 337 efectivos das Forças Armadas Angolanas. Segundo a organização,
trata-se do “primeiro espectáculo do género a ser concebido e implementado em
África”.
Ainda no dia inaugural, o Fenacult,
uma organização do ministério da Cultura, prevê, em simultâneo, actividades
alusivas à abertura do evento em todas as capitais de província do país,
informou a organização do festival.
O programa prevê, até meados de
Setembro, dezenas de actividades que vão desde os espectáculos de dança, música
e teatro, exposições de arte, feira de livros, palestras e colóquios. Estão
também previstos comboios “especiais” que vão misturar artistas e população das
províncias nas mesmas composições.
O segundo Fenacult tem como lema A
Cultura como Factor de Paz e Desenvolvimento, vai decorrer, de forma faseada,
em todas as capitais provinciais, municípios e povoações.
O festival pretende ser uma “mostra
da excelência da Cultura angolana” e passará a realizar-se a cada quatro anos.
A primeira edição do Fenacult
aconteceu em 1989, tendo envolvido na ocasião artistas de diferentes áreas da
cultura angolana.
FENACULT: "A cultura como factor de paz e desenvolvimento",
intervenção de Rosa Cruz e Silva
A maior manifestação cultural
angolana, o FENACULT, tem início hoje, com a cerimónia marcada para o Estádio
11 de Novembro, em Luanda. O portal África 21 online associa-se ao evento, que
nas palavras da ministra pretende mostrar a angolanidade ao mundo, e publica um
discurso escrito pela ministra da Cultura, Rosa Cruz e Silva, gentilmente
cedido ao nosso portal.
Com o Festival Nacional de Cultura,
não se exibe apenas o facto cultural em si, mas criam-se as premissas para o
intercâmbio entre os grupos, entre as pessoas
(DR)
(DR)
Falar sobre o II Festival Nacional
de Cultura, de modo a que possamos transmitir aos nossos leitores a mensagem
que subjaz nesta importante proposta cultural, é que a mesma se tornou num
grande desafio e muito grata a missão da Cultura, associada aos demais membros
do Executivo, cada qual na sua área de acção, para dar mais robustez e força ao
programa que podemos dizer foi absolutamente gratificante.
A primeira grande questão que se
colocou ao Executivo foi contribuir decisivamente para a retoma do Festival,
uma vez que a primeira edição teve lugar em 1989, num contexto político e
social muito específico, já que nessa altura o país se debatia ainda com as
questões decorrentes do conflito armado.
As razões que explicam toda a
movimentação na época prendiam-se com a vontade dos governos saídos da situação
colonial, e não só, necessitarem de afirmar a identidade do país, e mostrarem
de facto esta realidade apresentando os valores mais intrínsecos das
respectivas culturas.
Os
resultados mais imediatos da Conferência Mundial sobre as Políticas Culturais
realizada em 1985 no México davam os seus frutos em Angola, com a realização do
I Festival Nacional da Cultura que teve lugar em 1989. As recomendações deste
grande encontro mundial que destacou nos debates a problemática da dimensão
cultural das sociedades, e a necessidade imperiosa da formulação de políticas
culturais dos países que valorizassem, o Homem enquanto produtor cultural, foi
quanto a nós, o marco referenciador para as novas abordagens em torno das
questões identitárias e de afirmação cultural dos povos nesta ocasião.
A apresentação da cultura angolana,
com a exibição das artes, do cinema, do teatro, da dança, da música, das
tradições, ou ainda, os novos pressupostos que tendiam para a modernidade,
criaram uma enorme expectativa e tiveram o impacto pretendido. Tratou-se de um
movimento cultural dinâmico, em que se expressava o todo em linhas contínuas de
actuação nos variados domínios da cultura nacional.
Passaram-se efectivamente alguns
anos em que o FENACULT esteve ausente, por razões que todos nós conhecemos.
Contudo, a actividade cultural no país foi apresentado dinâmicas próprias em
cada etapa do seu desenvolvimento, e passo a passo se foram aperfeiçoando os
mecanismos para a implementação da política cultural, então aprovada, para se
ajustar e alinhar ao processo de desenvolvimento em curso em Angola.
Os programas foram-se sucedendo e
criaram-se algumas expectativas, que se vão cumprindo na medida da nossa
capacidade de dar resposta aos vários problemas que ainda se levantam,
nomeadamente a urgência para o crescimento dos recursos humanos, os efectivos
especializados nas instituições culturais, para dar mais valor e mais
competência aos serviços prestados nas novas infraestruturas que vão surgindo e
que deverão aumentar para satisfação das necessidades actuais neste domínio.
Para dar resposta a orientação de
prosseguir na avaliação das políticas culturais em curso, impunha-se
efectivamente a releitura do processo anterior, razão porque paulatinamente os
documentos foram sendo gizados, reelaborados, até que surgiu a legislação
específica para o efeito.
O Decreto nº 71/12 que institui o
FENACULT e aprova o seu Regulamento como um evento cuja realização terá lugar
de 4 em 4 anos, espelha bem quais os objectivos do Executivo angolano
relativamente à política cultural em curso, que por via deste mecanismo,
permite hoje que façamos a avaliação do nível da sua implementação. Esta
motivação foi o bastante para a elaboração da nova proposta de programa para o
segundo Festival, que se inspirou nos conceitos do primeiro Festival, e na base
dos pressupostos das linhas mestres do Plano Nacional de Desenvolvimento.
O facto de vivermos em Paz, de se
experimentar uma maior mobilidade para a circulação dos distintos agentes e
grupos culturais, explica esta grande diferença do passado. Explica ainda o
esforço efectuado pelo Executivo com a recuperação e extensão da rede viária do
país, da reposição e funcionamento da linhas férreas de todo o país, ao que
junta a construção de novas infraestruturas de que se destacam as culturais:
bibliotecas, mediatecas, arquivos, centros culturais, casas de cultura, são os
primeiros sinais de um programa de expansão destas infra-estruturas, a decorrer
em todo o país e que vão seguramente nos próximos tempos alterar o panorama
artístico e cultural no país.
Com o Festival Nacional de Cultura,
não se exibe apenas o facto cultural em si, mas criam-se as premissas para o
intercâmbio entre os grupos, entre as pessoas de áreas e regiões distintas,
promove-se por esta via o unidade da Nação na sua diversidade. Promove-se a
criação de novas linguagens artísticas pelo cruzamento e articulação dos
elementos locais e outras formas de expressão globais.
Propõe-se fundamentalmente, o resgate
dos valores culturais em risco, razão porque se pretende neste exercício dar a
conhecer cada vez mais os traços distintivos de Angola inteira, inscritos no
vasto património material e imaterial, com a reprodução de produtos culturais
que mostram justamente a diversidade que se compõe nas artes, na cultura em
geral e em cada canto do país, evidenciando-se os pontos de intersecção que
ligam os angolanos de Cabinda ao Cunene e do Mar ao Leste.
Neste II Festival, e mercê da Paz
que desfrutamos, das condições criadas no país para a aplicação das estratégias
que terão sempre em linha de conta a dimensão histórica, social e cultural da
nossa sociedade, tal como se revela no programa de visão estratégica do
Executivo angolano e do seu Líder, vai ser possível levar de um extremo ao
outro do país, as diferentes expressões da cultura angolana que todos poderão
disfrutar, fruir, intercambiar, acompanhar, vivenciar, condição suprema para
que na extensão do território o povo possa celebrar, exaltar a cultura angolana.
"A Cultura como factor de Paz e
Desenvolvimento" lema desta edição do FENACULT 2014, reafirma a
disponibilidade e vontade de todos os intervenientes neste processo que anima a
vida cultural do país, de dar o seu melhor e contribuir para o progresso e o desenvolvimento
de Angola.
Comentários
Enviar um comentário
Faça aqui o seu comentário