Pedagogia
é a ciência que
tem como objeto de estudo a educação, o processo de ensino e aprendizagem. O
sujeito é o ser humano enquanto educando.
Formação
profissional ou Formação no seu contexto geral
significa conjunto de atividades que visam a aquisição de conhecimentos,
capacidades, atitudes e formas de comportamento exigidos para o exercício das
funções próprias de uma profissão ou grupo de profissões em qualquer ramo de
atividade econômica. É portanto uma metodologia que difere da
"Educação" no sentido em que se especializa na experiência
profissional e é voltada para a aquisição de competências profissionais.
Formação Profissional é igual a
formação Pessoal como no caso do estudo de um tema ou matéria em particular no
âmbito de uma investigação. Formação Profissional é de âmbito pratico e
Formação Pessoal do âmbito teórico, do estudo, do ensino!
A
Profissão
O pedagogo trabalha para garantir
e melhorar a qualidade da educação em dois grandes campos de atuação: a
administração e o magistério, de modo que pode tanto gerenciar e supervisionar
o sistema de ensino quanto orientar os alunos e os professores. Em órgãos do
governo, estabelece e fiscaliza a legislação de ensino em todo o país.
Em escolas, orienta e dirige os
professores, com o objetivo de assegurar a qualidade do ensino. Também é ele
quem verifica se os currículos estão sendo cumpridos e se condizem com as leis
educacionais.
Acompanha e avalia, ainda, o
processo de aprendizagem e as aptidões de cada aluno. Pode trabalhar também com
portadores de deficiências físicas ou intelectuais, auxiliando em sua inclusão
na sociedade, ou com educação a distância
Estrutura
do Curso
O acréscimo de um ano no ensino
fundamental - que passou a incluir o que antes era o último ano do ensino
infantil - mexeu com a estrutura dos cursos de Pedagogia. Com isso, as escolas
tiveram de rever então a grade curricular do curso, porque elas têm,
obrigatoriamente, de incluir a formação de professores para as séries iniciais.
A carga maior do curso, que dura em média quatro
anos, é na área de ciências humanas e sociais aplicadas. Além de metodologias
específicas, o aluno estuda a estrutura e o funcionamento do sistema de ensino,
princípios e métodos de administração escolar e novas tecnologias educacionais.
O currículo inclui, ainda, disciplinas optativas, que permitem ao aluno
complementar sua formação em filosofia, história ou artes. O estágio é
obrigatório.
Quais as opções
que devem ser tomadas?
O ensino se desenvolve na relação
objetivo-conteúdo-método-organização, sempre assinalando o conjunto de
condições reais de uma situação didática concreta (Klinberg, 1972: p. 135).
Deve-se destacar alguns pontos fundamentais do processo de ensino:
a) O ensino está determinado socialmente;
b) A essência do processo de ensino se caracteriza
pela relação de distintos componentes ou processos, sendo os mais evidentes:
objetivo, conteúdo, matéria, organização e condições. Portanto, a partida e a
orientação de todo o acontecer do ensino devem ser/estar clara e harmonicamente
expressas nos objetivos e componentes da educação e em seu vínculo com um
projeto social.
Isto requer, em primeira instância, a opção por um
projeto pedagógico, um projeto social e um projeto político, articuladamente.
Há que se realçar que a pretensão de neutralidade entre estes diferentes
projetos engendra, na verdade, uma escolha que resvala para a perda de noção
sobre a totalidade do processo educacional que advém e está a serviço de um tipo
de formação e que, possivelmente, se vale da restrição de conhecimentos
histórico-sociais, de teorias pedagógicas.
A opção que referendamos, necessariamente
intencional, envolve domínio de diversos conhecimentos que a orientem. Aqui
pesa, portanto, o tipo de formação dos docentes voltada, por questões de
qualidade e limites, para seu campo de atuação.
Onde deve ser
formado o docente de educação profissional?
Ao considerarmos o desafio da formação de
professores para atuar na educação profissional devemos buscar nas instituições
que se articulam a este campo o lócus para esta formação, assim devem ser
considerados:
a) CEFETs, que têm acúmulo na educação profissional
e tecnológica e na formação de quadros docentes para esta modalidade de ensino;
b) As universidades, que é espaço consagrado para a
formação de professores de nível médio e que têm acumulado experiências e
conhecimentos, particularmente nos grupos de pesquisa que se ocupam da formação
de trabalhadores. Esta é uma contribuição que os pesquisadores deste campo não
podem se furtar a dar, reconhecendo-se que a formação didático-pedagógica dos
cursos de licenciatura não prepara o docente para enfrentar uma sala de aula de
instituição de educação profissional. Assim, é necessário produzir conhecimento
nesse novo campo e, para isso, deve-se estimular a criação de grupos de
pesquisa e programas de pós-graduação vinculados à formação desses
profissionais (Moura, 2006: 86);
c) Outros espaços institucionais que revelem
capacidade e competência para proceder à formação de professores, ou por
vincularem-se à discussão sobre práticas formativas ou por acumularem
experiência em educação profissional e tecnológica.
Não podemos desprezar as experiências acumuladas em
diferentes ações e processos de formação de professores para atuar em educação
profissional. Destacamos, em 14 Ver Trein e Franco (2003). particular, as recentes ações de formação de
professores vinculadas ao PROEJA e ao PROJOVEM, que têm definido princípios,
conteúdos e estratégias de formação de professores para a atuação em educação
profissional. Tais experiências devem ser objeto de avaliação, articulação e
aproveitamento.
È necessário fortalecer os espaços de troca de
experiências entre os profissionais desta modalidade de ensino, de modo a
socializarem experiências cognitivas, metodológicas e afetivas. A idéia de uma
licenciatura específica talvez não seja a mais conveniente, considerando a
diversidade de cursos e as especificidades das áreas temáticas. Do mesmo modo,
identificamos inconvenientes na exigência de um “aperfeiçoamento” para que os
bacharéis possam exercer a docência na educação profissional. Seja a
licenciatura seja a especialização, haverá perdas e ganhos que, depois de
avaliados, indicarão o mais adequado em cada contexto.
Promover ações como o PICDTEC, que se destina a
estimular e a financiar a qualificação, em nível de mestrado e doutorado, do
pessoal vinculado às instituições federais de educação profissional e
tecnológica, é certamente, um caminho.
Mas é fundamental, nesse conjunto de proposições,
que a formação inicial e continuada de profissionais para a docência na
educação profissional seja assumida pelas instituições como ação intrínseca aos
seus processos formativos, bem como seja estratégia integrante das políticas de
educação profissional (tal como propõem o PROEJA e o PROJOVEM). Para tanto, é
necessário que se “envolvam os sistemas públicos estaduais de educação, inclusive,
por força constitucional” (Moura, 2006, 83). Na mesma direção, propomos que os
recursos públicos sejam utilizados prioritariamente na formação de docentes
vinculados às instituições públicas.
Mercado
de Trabalho
O mercado que mais absorve o
profissional ainda é o do ensino formal, que ocorre na sala de aula. A
obrigatoriedade da contratação de um pedagogo pelas creches também ampliou o
mercado para o licenciado.
Mas há outros setores
promissores, como a atuação em pedagogia empresarial, que exige do profissional
desenvolver projetos educacionais, sociais e culturais para empresas de
diversas áreas, ONGs e outras instituições, bem como para treinamento de
funcionários.
Quais as especificidades do
docente de educação profissional?
A docência na educação
profissional compreende um saber específico: o conteúdo capaz de
instrumentalizar o exercício profissional. A formação do docente da educação
profissional deve garantir a articulação dos saberes técnicos específicos de
cada área, dos saberes didáticos e do saber do pesquisador.
Em relação aos saberes técnicos,
optamos pela perspectiva da práxis, tal como proposto por Vasquez (1968). Em
relação aos saberes didáticos, consideramos que devem ir além da aquisição de
técnicas didáticas de transmissão de conteúdos para os professores e de
técnicas de gestão para os dirigentes, a fim de que as práticas profissionais
ultrapassem os limites da educação e bancária assumam um caráter
científico-reflexivo.
A definição dos saberes didáticos
exige, insistimos, uma opção em favor de um, entre vários projetos
políticopedagógicos existentes na nossa sociedade. No projeto que defendemos, o
professor precisa tomar atitudes, forjadas a partir de um tipo de formação, que
devem ser críticas, reflexivas e orientadas pela e para a responsabilidade
social (Moura, 2006).
Com relação aos saberes do
pesquisador, entendemos que devem ter uma função não necessariamente para
formar o docente que dedique a maior parte de seu tempo de trabalho ao desenvolvimento
de projetos de pesquisa, mas, também, para promover uma atitude de autonomia
intelectual diante dos desafios da sua prática educativa.
A estes saberes específicos devem
ser incorporados saberes relacionados
a) ao funcionamento da sociedade
e das relações entre trabalho, cultura, ciência e Estado;
b) às políticas públicas,
sobretudo, as educacionais e de educação profissional;
c) ao desenvolvimento local e às
inovações12 .
O perfil do docente de educação
profissional não pode moldar-se à feição de transmissor de conteúdos definidos
por especialistas externos, mas compor-se por características em que seu papel
de professor se combine com as posturas de:
a) Intelectual;
b) Problematizador;
c) Mediador do processo
ensino-aprendizagem;
d) Promotor do exercício da
liderança intelectual;
e) Orientador sobre o compromisso
social que a idéia de cidadania plena contém;
f) Orientador sobre o compromisso
técnico dentro de sua área de conhecimento
Conclusão
A prática educativa é um fato
social, cuja origem está ligada à da própria humanidade. No decurso da história
do Ocidente, a Pedagogia firmou-se como a ciência do ensino. Assim, a
indissociabilidade entre a prática educativa e a sua teorização elevou o saber
pedagógico ao nível científico.
Com este caráter, o pedagogista e
o pedagogo passam a ser, de fato e de direito, investido de uma função
reflexiva, investigadora e, portanto, científica do processo educativo.
Autoridade que não pode ser delegada a outro profissional, pois o seu campo de
estudos possui uma identidade e uma problemática própria na formação
profissional.
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