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VIDA E OBRA DE JOHN LOCKE

VIDA E OBRA DE JOHN LOCKE

INTRODUÇÃO

John Locke (Wrington, 29 de agosto de 1632 — Harlow, 28 de outubro de 1704) foi um filósofo inglês e ideólogo do liberalismo, sendo considerado o principal representante do empirismo britânico e um dos principais teóricos do contrato social.
Locke ficou conhecido como o fundador do empirismo, além de defender a liberdade e a tolerância religiosa. Como filósofo, pregou a teoria da tábua rasa, segundo a qual a mente humana era como uma folha em branco, que se preenchia apenas com a experiência. Essa teoria é uma crítica à doutrina das ideias inatas de Platão, segundo a qual princípios e noções são inerentes ao conhecimento humano e existem independentemente da experiência.
Locke escreveu o Ensaio acerca do Entendimento Humano, onde desenvolve sua teoria sobre a origem e a natureza do conhecimento.
Um dos objetivos de Locke é a reafirmação da necessidade do Estado e do contrato social e outras bases. Opondo-se à Hobbes, Locke acreditava que se tratando de Estado-natureza, os homens não vivem de forma bárbara ou primitiva. Para ele, há uma vida pacífica explicada pelo reconhecimento dos homens por serem livres e iguais.















BIIOGRÁFIA
Artesão do pensamento político liberal, Locke nasceu numa aldeia inglesa, filho de um pequeno proprietário de terras. Estudou na escola de Westminster e em Oxford, que seria seu lar por mais de 30 anos. Os estudos tradicionais da universidade não o satisfaziam, mas aplicou-se. Foi admitido na Sociedade Real de Londres, a academia científica, em 1668, para estudar medicina: graduou-se seis anos depois, mas sem o título de doutor.
A maior parte de sua obra se caracteriza pela oposição ao autoritarismo, em todos os níveis: individual, político e religioso. Acreditava em usar a razão para obter a verdade e determinar a legitimidade das instituições sociais. Quando Locke escreveu os "Dois Tratados sobre o Governo", a sua principal obra de filosofia política, tinha como objetivo contestar a doutrina do direito divino dos reis e do absolutismo real.
Também pretendia criar uma teoria que conciliasse a liberdade dos cidadãos com a manutenção da ordem política. Para o pensador inglês, o que dá direito à propriedade é o trabalho que se dedica a ela. E desde que isso não prejudique alguém, fica assegurado o direito ao fruto do trabalho. Foram essas as bases da idéia de uma sociedade sem a interferência governamental, um dos princípios básicos do capitalismo liberal.
Para o filósofo, todo conhecimento humano pode ser obtido por meio da percepção sensorial ao longo da vida. A mente do ser humano ao nascer seria como uma folha em branco, e tudo que se sabe é aprendido depois. Baseava sua crença no poder da educação como transformadora do mundo. Afirmava que o mal não era parte de um plano de Deus, e sim produzido por um sistema social criado pelos indivíduos. Por isso, poderia ser modificado também por eles.
Sua obra, "Ensaios", escrita ao longo de 20 anos, é sua grande contribuição à filosofia. Seu interesse se centrava nos tópicos tradicionais da filosofia: a natureza do ser, o mundo, Deus e os níveis de conhecimento. Locke foi também o precursor do pensamento iluminista nas questões políticas. De pesquisador a secretário de um nobre no governo inglês, tornou-se um escritor de economia, ativista político e um revolucionário cujas idéias ocasionaram a vitória da Revolução Gloriosa, em 1688, contra o absolutismo. Foi também deputado no Parlamento e defendeu que somente quem dispusesse de apoio da maioria dos parlamentares deveria ter o direito de ser ministro (como até hoje funciona o sistema britânico).
Em sua obra, afirmou que a organização das leis e do Estado deve ser feita com o objetivo de garantir o respeito aos direitos naturais. A garantia dos direitos naturais do povo - a proteção da vida, da liberdade e da propriedade de todos - é definida por ele como a única razão de ser de um governo. Se o governante não respeita esses direitos, os governados podem derrubá-lo e substituí-lo por outro mais competente. Locke exerceu enorme influência sobre todos os pensadores de seu tempo e foi uma das principais referências teóricas para os líderes das revoluções que, a partir do final do século 18, transformaram a sociedade ocidental.
Na Escola: Desporto ou Educação Física
É evidente que a Educação Física não existe, cientificamente falando. Por esta razão primeira: não há educação de físicos, mas de pessoas em movimento intencional. Logo, só há Educação Física por força de um corporativismo teimoso e de uma ignorância que se apossou do próprio Ministério da tutela. O horizonte de um ajuizamento aberto à complexidade não tolera a educação Física por que esta é um produto do racionalismo.
E o que é o ser humano senão uma complexidade, donde ressaltam o corpo, a mente, a natureza, a sociedade? Foi no século XVIII que surgiu o termo "educação física". Na história da filosofia, o primeiro filósofo a utilizá-la foi John Locke, no livro "Pensamentos sobre a educação", para vincar que, sem um físico alimentado e cuidado, não há vida intelectual em serena irradiação. Mas também John Locke era um racionalista, ou melhor: um racionalista-empirista. Nele, como em Descartes, o corpo vivo é simples máquina "oú toutes les fonctions résultent de la seule disposition des organes, ni plus ni moins que les mouvements d'un horloge" (L'Homme, V.C.IV, p. 428). Para um e para outro, a alma não deriva da matéria.
Ela está de facto alojada no corpo, mas "como um piloto no seu navio". Daí, a superioridade da mente em relação ao físico. No entanto, a Educação Física representa uma ruptura, no cotejo com a ginástica dos gregos e do renascimento. Não deverá esquecer-se que ainda em 1567 Jerónimo Mercurialis publicava o livro De Arte Gymnastica, fiel aos ensinamentos da ginástica de Hipócrates, Galeno e do médico (e filósofo) árabe Avicena.
O iluminismo (todo o século XVIII europeu o foi) era declaradamente racionalista. E é em pleno iluminismo que despontam as grandes figuras da educação física: Jahn, Ling e Amoros. Os rapazes que a cultivassem deveriam apresentar-se possantes, de tórax e braços musculosos, que o esforço entumecia e avermelhava. As qualidades físicas, porém, não passavam de instrumento ao serviço dos imperativos categóricos da razão. E o dualismo antropológico tornava-se evidente, aliás como reflexo de uma sociedade dualista também (a sociedade burguesa, ainda amanhecente). A imponência e o aparato do físico transformavam-se num exterior sem interior, pois que a dignidade do espírito não lhe dizia respeito. A divisão da educação, em dois grandes campos - a educação intelectual e a educação física -, martelava-nos, ora com tacteante moleza, ora com percutido furor, o dogma da separação corpo-alma. O espírito não reproduz a informação percepcionada do exterior, mas transmite-a de acordo com os seus padrões de racionalidade. Assim se pensava...
O estudo sério dos sistemas complexos representa uma terceira revolução da física, após a primeira, com Galileu e Newton, e a segunda, com a teoria da relatividade e a mecânica quântica. Oxalá os educadores passem a ter em conta, o mais depressa possível, esta revolução e vejam, como nitidez, o que há de reducionista e caquético (embora respeitável, pela ética de muitos dos seus intérpretes), na educação física. Aliás, na escola nem sequer há educação física, mas sim educação desportiva, pois sem o concurso de uma bola a aula de educação física praticamente desaparece.
A área do conhecimento, que eu denomino motricidade humana, tem, na sua história, três grandes momentos: a ginástica (desde os gregos até ao século XVIII), a educação física (até ao século XX) e o desporto. Que o mesmo é dizer: findou a educação física, na mesma altura em que nasceu a educação desportiva. Se 90 por cento das aulas de educação física se resumem a prática desportiva, porque não havemos de ser rigorosos na terminologia apresentada? Estou entre os que aplaudem todos os cientistas sociais, licenciados em educação física, e que levantaram, ao ritmo da própria cultura hodierna, um corte epistemológico em relação ao passado da sua profissão, sabendo que só se verificam saltos qualitativos em organismos pujantes e vivos.
Eles hão-de ensinar a uma escola cartesiana, a muitos títulos, que morreu a filosofia do ser e do logos e vem de nascer a filosofia da acção e da relação. Eles, "homens do desporto", melhor ainda: licenciados em motricidade humana, com especialização em desporto e que podem ser os arautos de uma ontologia nova, onde as referidas categorias de acção e de relação assumam importância fundamental, em todo o contexto escolar.
CONCLUSÃO
Contudo, considerado um dos mais importantes pensadores da doutrina liberal, John Locke nasceu em 1632, na cidade de Wrington, Somerset, região sudoeste da Inglaterra. Era filho de um pequeno proprietário de terras que serviu como capitão da cavalaria do Exército Parlamentar. Mesmo tendo origem humilde, seus pais tiveram a preocupação de dar ao jovem Locke uma rica formação educacional que o levou ao ingresso na academia científica da Sociedade Real de Londres. Antes desse período de estudos na Sociedade Real, Locke já havia feito vários cursos e freqüentado matérias que o colocaram em contato com diversas áreas ligadas às Ciências Humanas. Refletindo a possibilidade de integração dos saberes, o jovem inglês nutriu durante toda a sua vida um árduo interesse por áreas distintas do conhecimento humano. Apesar de todo esse perfil delineado, não podemos sugerir que Locke sempre teve tendências de faceta liberal.
Interessado em refletir sobre o processo de obtenção do conhecimento e a importância da educação para o indivíduo, Locke foi claro defensor do poder transformador das instituições de ensino. De acordo com seus ensaios, o homem nascia sem dominar nenhuma forma de conhecimento e, somente com o passar dos anos, teria a capacidade de acumulá-lo. A partir dessa premissa é que o autor britânico acreditava que as mazelas eram socialmente produzidas e poderiam ser superadas pelo homem. O reconhecimento do legado de Locke ocorreu quando ele ainda era vivo. Durante a vida, teve a oportunidade de ocupar importantes cargos administrativos e exerceu funções de caráter diplomático. Na Inglaterra, chegou a ocupar o cargo de membro do Parlamento e defendeu o direito dessa instituição indicar os ministros que viessem a compor o Estado. Respeitado por vários outros representantes do pensamento liberal, John Locke faleceu em 1704, na cidade de Oates, Inglaterra.


Referências
John Locke. Na Escola: Desporto ou Educação Física. Disponível em: http://www.a pagina.pt/?aba=7&cat=109&doc=8629&mid=2.
SOUSA, Rainer Gonçalves.  "John Locke"; Brasil Escola. Disponível em: <http:// brasilescola.uol.com.br/sociologia/ciencia-politica.htm>. Acesso em 23 de julho de 2017.
John Locke: Filósofo, Acadêmico e Pesquisador Médico Inglês. 29/08/1632, Wrington, Inglaterra<br>28/10/1704, Oates, Inglaterra​. Disponível em: https://educacao.uol.com. br/biografias/john-locke.htm.

Wikipédia, John Locke. (novembro de 2011). Disponível em: https://pt.wikipedia.org/ wiki/John_Locke.

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