ÍNDICE
INTRODUÇÃO
.............................................................................................................
01
PROBLEMA
.................................................................................................................
02
A Politica da Globalização
............................................................................................
03
Metodos Usados na Recolha de Dados ..........................................................................
06
Meios
.............................................................................................................................
06
RESUMO (CONCLUSÃO)
..........................................................................................
07
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
.......................................................................... 08
INTRODUÇÃO
A globalização é o cenário do desenvolvimento
desigual. Ela é problemática e contraditória, dissolve espaços e tempos e impõe
ao indivíduo padrões e valores desconhecidos. Estas afirmações de Octavio Ianni
(1995), dão a dimensão da aldeia global que vive o indivíduo no início deste
novo século. Ao mesmo tempo em que perde raízes, se vê envolvo em uma imensa
multidão de solitários, satelitizada, eletrônica e desterritorializada. As
mesmas condições que alimentam a interdependência e a integração, sustentam as
desigualdades e contradições em âmbito global.
A mesma fábrica da sociedade global, que se insere e
que ajuda a criar e recriar continuamente, torna-se o cenário que desaparece. É
a expansão avassaladora das relações, processos e estruturas de dominação em
escala global, que em qualquer lugar e a todo instante provocam uma apropriação
e desapropriação de conceitos, que transbordam fronteiras e levam ao declínio a
sociedade tradicional.
PROBLEMA
A participação política dos indivíduos na sociedade
global apresenta-se como um caminho, uma das principais vias alternativas, para
o alcance da inserção social e da diminuição das desigualdades econômicas
reveladas pela globalização.
O processo de globalização em marcha acabou com os
limites geográficos, mas não eliminou a fome, a miséria e os problemas
políticos de milhões de globalizados que vivem (ou sobrevivem) abaixo da
chamada linha da pobreza absoluta.
Afastados dos centros das decisões pelos princípios
excludentes do neoliberalismo, os indivíduos, limitados na própria capacidade
de compreensão dos conceitos neoliberais, não encontram pontos de referência
para tornarem-se agentes de influência política no processo global.
O problema da participação política dos indivíduos
na globalização aparece na análise do processo de influências das instituições
sociais e se revela nas dificuldades do uso da liberdade política para o
enfrentamento dos desafios de uma realidade que avassala, destrói, cria e
recria valores étnicos sociais e culturais.
Busca-se nesta análise compreender o processo de
desterritorialização, que colocou os indivíduos frente às grandes mudanças e
transformações que alteraram a vida e o comportamento político dos homens na
aldeia global. Ressalta-se que os indivíduos precisam perceber a pluralidade de
mundos que a globalização lhes impõe, as múltiplas facetas de uma sociedade em
constante mutação.
Qual é o papel
da política na Globalização?
A Politica da
Globalização
Os indivíduos vivem um mundo de problemas e desafios
na globalização. Nunca se falou tanto em dificuldades como nos tempos atuais. A
velocidade que traz a mudança afasta a solução. Os problemas oscilam nos
extremos da inquietude ou nos deslimites da angústia. Os desafios não têm
limites de exigências, renovam-se a todo instante e tornam-se mais complexos, à
medida que aumenta a globalização das relações sociais. As diversidades
étnicas, culturais, econômicas e políticas que compõem o mundo global, na
verdade não são diferenças entre espaços físicos da globalização e sim entre
indivíduos que têm línguas diferentes, costumes diferentes grau de
desenvolvimento social diferente e principalmente pensam diferentemente. A
heterogeneidade de conceitos entre indivíduos na globalização cria grandes
barreiras para o enfrentamento de desafios como a humanização das decisões
econômicas, a diversidade cultural, científica e tecnológica, ainda presas a
uma sociedade tradicional, que não consegue superar as diferenças étnicas e
políticas, que segregacionam os homens nos limites do desejo e do consumo
provocados na multiplicidade de interesses do mundo global. A globalização
incorpora as particularidades – locais, regionais, nacionais, ética,
religiosas, de grupos sociais e culturais – subsumidas na dinâmica mundial do
consumo de uma heterogênea terra. Questionado na globalização de exigências que
o cerca, o indivíduo não consegue ter respostas aos desafios que lhe são
impostos. São exigências que criam grandes obstáculos à participação política,
que intimidam posicionamentos e revelam deficiências de formação global, de
domínio de mundo.
Observa-se que as dificuldades de participação
política na sociedade global, decorrem de dois aspectos que precisam ser
considerados: os de ordem pessoal e aqueles que vêm de uma conjuntura política
que englobou idéias, mas não ensinou a pensar. Confinados no limite da visão
dos seus mundos pessoais ou na imensidão de um, global, que os manipula a todo
instante, os indivíduos enfrentam provocações que os desnorteiam na
complexidade de exigências que lhes são feitas. Em a "Era do
globalismo", Octavio Ianni (1999, p.11) assinala a emergência da sociedade
global, como uma totalidade abrangente, complexa e contraditória. Uma realidade
ainda pouco conhecida, desafiando práticas e ideais, situações consolidadas e
interpretações sedimentadas, formas de pensamento e vôos da imaginação. Criou-se
assim em torno dos indivíduos o mundo das ansiedades. No aspecto pessoal, por
exemplo, como superar a ânsia do consumismo, que lhes alfineta a realidade
econômica e os conduz ao sonho do impossível ou à impossibilidade de
satisfaze-lo plenamente? No âmbito global, como podem os indivíduos enfrentar e
sobreviver aos princípios excludentes do neoliberalismo? Como podem abrir
espaços de participação política, encontrar formas alternativas para diminuir a
distância entre pobres e ricos e democratizar os acessos à ciência e a
tecnologia?
Esses são desafios permanentes, que se renovam a
todo instante na sociedade globalizada. Os indivíduos são cobrados a todo
momento e suas deficiências se revelam pela maior ou menor capacidade de
desempenho das suas tarefas de rotina. A globalização exige indivíduos melhores
preparados, que saibam ouvir, mas que assumam funções de tomada de decisão, que
tenham iniciativa própria, mas sejam fiéis aos princípios neoliberais de tratar
globalmente as questões sociais e econômicas. No âmbito político, o objetivo é
desconsiderar toda a forma de organização que não considere a realidade da
desigualdade social, como resultado das diferenças históricas, étnicas ou econômicas,
entre os povos. No aspecto cultural a miscigenação de valores globais ainda não
aconteceu. Não há claramente definida uma cultura global, que possa dar ao
indivíduo uma identidade de cidadão do mundo.
A indústria cultural adquire alcance global, na
dimensão do interesse econômico que a sustenta, também pela sobreposição de
valores e objetivos das classes dominantes e, torna-se um desafio à vida do
indivíduo quando já consegue comandar o seu modo de informar-se, divertir-se e
pensar os problemas reais ou imaginários. Queiramos ou não, estamos todos
presos em uma grande experiência, que está ocorrendo no momento da nossa ação –
como agentes humanos -, mas fora do nosso controle, em um grau imponderável.
Não é uma experiência do tipo laboratorial, porque não controlamos os
resultados dentro de parâmetros fixados – é mais parecida com uma aventura
perigosa, em que cada um de nós, querendo ou não, tem de participar. O homem é
um ser essencialmente social e político. Quando lhe falta esta compreensão ou
quando nega esta condição, torna-se um ser amorfo, ausente, potencialmente
manipulável, um mero ocupador de espaços físicos, ou simplesmente um conformado
observador das decisões do mundo que o cerca. A compreensão da essencialidade
política do homem torna-se exigência ao próprio entendimento da sociedade em
que vive. Não há como separar, dissociar o indivíduo do seu meio social, não há
como deixar de reconhecê-lo na definição ou emissão das ações políticas que
definem a complexidade das relações de poder na sociedade. A globalização
trouxe o descercamento social, econômico e político do mundo, mas não eliminou
a intrinsidade do homem com seus valores, seus conflitos, seus anseios.
Os cenários são outros, as exigências são
diferentes, os desejos se alteram, mas os indivíduos não perderam a essência do
pensamento e a mística de fazer história. As análises aqui colocadas, nos
conduzem a dimensionar quanto os indivíduos precisam superar as dificuldades de
interpretação de uma nova ordem econômica e social, para construir um processo
de autonomia e alcançar a participação política na globalização. Este trabalho
mostra que as dificuldades de compreender uma sociedade desregrada (como é a
global), decorrem das limitações em tomar decisões, em eliminar comprometimentos
com posições fragmentadas, em romper obstáculos ideológicos que surrupiam a
imprescin-dibilidade da participação política. Assim sendo, é necessário que as
relações de dominador e dominado, sejam democratizadas no âmago da
globalização. Esta é uma compreensão óbvia, quando os indivíduos se deparam com
dificuldades de participação política na globalização. Falta-lhes, como esta
análise demonstra, alternativas políticas que os estreitem na solidariedade
contra a exclusão social e os aproxime na humanização pessoal.
Os homens "globais", como evidencia o
centralismo ideário deste texto, ainda não encontraram pontos de referências
que os façam partes integrantes dos centros decisórios, ainda não aprenderam a
lidar e decidir na complexidade das relações de dominação do mundo global. Não
é de se estranhar, portanto, que ainda não saibam superar as suas dificuldades
de participação política e vêem como uma exaustiva provocação à necessidade de
assumir posições na sociedade globalizada. As dificuldades de participação
política dos indivíduos na sociedade global ocasionam reflexos profundos na
conquista de uma autonomia cidadã e, como é mostrado nesta análise, lhes
impedem de ascender aos discursos da conciliação das diferenças, do que é justo,
possível e realizável, que sustentam ideologicamente a globalização. Conclui-se
que os indivíduos ainda não têm domínio desta nova estrutura de práticas
políticas, que se sustenta no uso do conhecimento e da destreza tecnológica.
Assim são facilmente afastados dos centros decisórios do poder, tornam-se
apêndices de uma elite deliberante que fez nascer, comanda e se mantém neste
sistema de tutela política na globalização.
Todas as análises que se façam para compreendermos
as dificuldades que tem os indivíduos de ascender politicamente na
globalização, se identificarão com posições deste trabalho, que apontaram para
uma desconstrução ideológica do mundo. Os indivíduos, como aqui fica
evidenciado, precisam visualizar a multiplicidade de interesses que movem o
mundo global. Necessitam compreender que vivem um novo tempo, que o processo
social da globalização e o processo político se entrelaçam na angústia e
incerteza das exigências globais, que a realidade da globalização impõe a
formação de novos indivíduos, como novas idéias e novos objetivos. Outro ponto
determinante, essencial, do que aqui é exposto e que identifica as dificuldades
de participação política na globalização, se refere ao despreparo dos
indivíduos em entender que nenhum sistema, por mais materialista que seja, pode
exclui-los das relações sociais que o mantém. Fica claro, igualmente, que todo
o sistema social, econômico é também político, que só se viabiliza pela ação
dos indivíduos, seja pela submissão a interesses de mercado, seja pela necessidade
de questionar as forças do poder político-decisório daqueles que comandam a
globalização.
Ao buscar as razões das dificuldades de participação
política dos indivíduos na sociedade global, questão central desta análise,
necessariamente conclui-se que na complexa e contraditória realidade social da
globalização, os indivíduos precisam encontrar pontos de referências de atuação
de cidadania nos formatos da própria sociedade globalizada, que necessitam
lutar por autonomia e buscarem os espaços de participação política nos limites
de cada instituição, que forma o gigantismo desfronteirizado do mundo global.
Os indivíduos têm dificuldades de participação política na globalização, porque
precisam ainda compreender que é nos centros decisórios do poder político, isto
é, no interior das instituições organizadas que se definem as relações de
dominação do mundo global. Os indivíduos precisarão ainda discernir, e esta é
uma dificuldade de participação política, que a inserção social na globalização
não acontecerá, como demonstra este trabalho, sem o afastamento da
passionalidade ideológica, da ortodoxia religiosa, de posições
segregacionistas, que os tem impedido de compreender novas acepções de mundo,
de entender novas realidades e com elas interagir no contexto da globalização. As
possibilidades de um projeto pessoal ganhar efeito na globalização são
incipientes desejos de quem o propõe, se não vir alicerçado na conscientização
da participação política. Esta consideração é ponto crucial deste trabalho, no
sentido que o grande problema da ascensão do indivíduo, enquanto cidadão, na
globalização está no seu descompromisso político com a realidade que o cerca,
na sua ausência na tomada de decisões, na sua passividade frente às mudanças e
transformações, que vão com rapidez alucinante criando e recriando novas formas
de vida e exigindo novos modelos de comportamento social.
Metodos Usados
na Recolha de Dados
No presente trabalho de investigação, realizou-se
vários métodos para recolha de dados, o homem é o principal mentor nesse caso. Observa-se
no âmbito da aldeia global, que é no indivíduo que está o limite ou deslimite
das ações do homem na sociedade globalizada, é na sua maior ou menor inserção
política que se definem os níveis de exclusão social. Os indivíduos são peças
fundamentais no processo político que constrói a globalização. Sem eles a
sociedade global não se sustentaria, o mundo dos incluídos inviabilizaria-se na
ausência da legião dos excluídos que o sustenta.
Meios
Os meios usados na realização deste trabalho de
pesquisa, com base o tema apresentado abordado, foi feito várias pesquisas em
livros de Filosofia da 12ª Classe, pesquisa por via internet e muito mais.
RESUMO OU CONCLUSÃO
A globalização fez surgir uma sociedade desregrada,
com ilimitadas possibilidades de comunicação, de intercâmbio econômico e
conquistas tecnológicas. À medida que, busca analisar as dificuldades que
enfrentam os indivíduos para alcançar participação política na globalização,
este trabalho justifica-se integralmente, visto que evidencia problemas como a
falta de autonomia e a incapacidade de autodeterminação, sem a superação dos
quais, está inviabilizada uma possível inserção social no mundo global.
O ambiente político acabará por cobrar um preço à
globalização. Como isso se dará e quais os seus efeitos sobre uma ordem global
em transição são questões em aberto, mas a simples perspectiva desta
"cobrança" não dá margem para otimismo. Não há, porém, nenhum
desfecho inelutável para essa evolução, nem ela nos leva necessariamente aos
piores cenários de crise e conflito internacional. Os principais players da
economia e da política internacional - especialmente China e emergentes - ainda
precisam muito da estabilidade e do crescimento global para encaminhar sérios
problemas domésticos e afirmar-se regionalmente.
Assim, resta concluir que a superação das
dificuldades de participação política na globalização, só acontecerá quanto os
indivíduos forem capazes de discernir entre o que é apregoado e o que de real
acontece nas relações de interatividade universal. Quando conquistarem o
entendimento político, que o mundo da globalização é, com certeza, o do domínio
da ciência e da técnica, mas é também os seus mundos, onde ocorrem suas
relações de homem e cidadão. A superação das dificuldades de participação
política na globalização acontecerá quando o mundo global para os indivíduos se
tornar familiar, quando for vencido o servilismo político, o desregramento
social, que ao homogeneizar diferenças revelou a universalização das
desigualdades.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
ORTIZ,
Renato. Mundialização e cultura. In: IANNE, Octavio. A era do globalismo. Rio
de Janeiro: Civilização Brasileira, 1999.
SADER,
Emir e outros. Pós-neoliberalismo: as políticas sociais e o Estado Democrático. Rio de Janeiro: Paz & Terra,
1996.
ANDERSON,
Perry. A trama do neoliberalismo. In: Pós-neoliberalismo: as políticas sociais
e o Estado democrático. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1996.
http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,politica-e-globalizacao-hoje-e-amanha-imp-,659754
http://www.angelfire.com/sk/holgonsi/valmir.html
Livro
de Filosofia da 12ª Classe
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